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Posso andar com o IPVA vencido? Guia completo para evitar multas

17 de novembro de 2025 por Thaís ReisConteúdo atualizado em 17 de novembro de 2025 por Thaís Reis

IPVA vencido gera multa, pontos na CNH, bloqueia o licenciamento e pode levar ao recolhimento do veículo. Saiba o que acontece e como regularizar.

O IPVA vencido levanta uma das dúvidas mais comuns entre motoristas: posso andar com o carro nessa situação? A resposta envolve regras claras e consequências que afetam desde a circulação diária até a possibilidade de vender ou transferir o veículo.

Se você já tem um carro com IPVA atrasado ou está avaliando comprar um seminovo, entender como funcionam prazos, multas e retenção é essencial.

A falta de pagamento não bloqueia automaticamente o uso do veículo, mas pode gerar problemas sérios durante uma abordagem, além de impedir serviços básicos.

Neste artigo, você encontra um guia objetivo sobre o que realmente acontece quando o IPVA está vencido, o que a lei permite e como regularizar a situação.

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O que realmente acontece quando o IPVA está vencido?

Quando o IPVA está vencido, o carro ainda circula, mas passa a operar em situação irregular. Em uma abordagem, o motorista recebe multa gravíssima, no valor de 293,47 reais, além de 7 pontos na CNH.

A autoridade pode reter o veículo até que a documentação seja regularizada, o que inclui o pagamento do IPVA, da taxa de licenciamento e eventuais débitos pendentes, como multas anteriores.

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A irregularidade também impede a emissão do CRLV, bloqueia a venda ou transferência do veículo e dificulta serviços como alteração de endereço, comunicação de venda e atualização de dados no Detran.

Mesmo que o carro continue rodando normalmente, a pendência gera riscos imediatos na fiscalização e aumenta o custo final para colocar a documentação em ordem.

Por isso, entender exatamente o que acontece com o IPVA vencido ajuda a evitar gastos inesperados, restrições no trânsito e problemas na hora de comprar ou vender um carro seminovo.

Posso andar com o carro com o IPVA vencido?

A circulação é permitida apenas até o vencimento do licenciamento anual. Ou seja, mesmo com o IPVA atrasado, o carro só pode rodar enquanto o licenciamento do ano anterior ainda estiver válido.

Assim que o prazo do licenciamento expira, o veículo passa a estar totalmente irregular e não pode circular em hipótese alguma.

Na prática, muitos motoristas acreditam que apenas o atraso do IPVA já impede o uso imediato do carro, mas o que determina a proibição é o CRLV desatualizado, já que ele só é emitido após o pagamento do imposto.

Por isso, mesmo que o veículo não seja bloqueado automaticamente após o vencimento, qualquer fiscalização identifica a pendência e aplica a infração gravíssima prevista no Código de Trânsito.

O ponto central é simples: IPVA vencido não bloqueia instantaneamente a circulação, mas a falta de licenciamento atualizado transforma o uso do veículo em uma infração séria, com risco real de multa, pontuação e retenção. Mantê-lo em dia evita transtornos e garante que o carro possa rodar sem impedimentos.

Como o IPVA vencido afeta o licenciamento do veículo?

O licenciamento anual só é liberado após a quitação do IPVA, do seguro obrigatório quando aplicável e das taxas estaduais. Quando o imposto está vencido, o Detran não emite o CRLV, documento obrigatório para circulação.

Isso significa que o carro continua rodando apenas enquanto o licenciamento anterior permanece válido. Assim que o prazo expira, qualquer circulação passa a ser considerada infração gravíssima, com multa, pontos e retenção do veículo.

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O carro pode ser apreendido?

A apreensão do veículo acontece quando o motorista circula com o licenciamento anual vencido, situação que ocorre automaticamente quando o IPVA não é pago. O Código de Trânsito classifica essa conduta como infração gravíssima e permite que o agente retenha o veículo para regularização imediata.

Na prática, o motorista raramente consegue resolver no local, já que o sistema só libera o CRLV após a compensação bancária.

Quando a regularização não é possível na hora, o carro é recolhido ao pátio. A partir desse momento, o proprietário acumula custos adicionais: taxa de remoção, diárias do pátio e os valores referentes ao IPVA atrasado, ao licenciamento e a eventuais multas.

Em alguns estados, o veículo pode ser leiloado se não for retirado dentro do prazo legal, geralmente de 60 a 90 dias, o que reforça a importância de manter a situação documental atualizada.

Outro ponto relevante é que o veículo apreendido com IPVA vencido não pode ser retirado por terceiros sem documentação atualizada. O proprietário precisa apresentar comprovante de quitação, CNH válida e comprovante de propriedade.

Em muitos estados, o processo também exige vistoria para liberação. Isso torna a apreensão um dos cenários mais custosos e burocráticos relacionados ao não pagamento do imposto.

IPVA atrasado vai para dívida ativa?

O IPVA atrasado é inscrito em dívida ativa quando o débito permanece em aberto por um período determinado pela legislação estadual. Na maioria dos estados, a inscrição acontece no ano seguinte ao vencimento, mas alguns encaminham a cobrança em poucos meses.

Após a inclusão, o débito deixa de ser administrado pela Fazenda e passa para a Procuradoria Geral do Estado, que transforma o valor original em um processo de cobrança mais severo.

A inscrição em dívida ativa acrescenta multa de mora, juros calculados pela Selic e honorários advocatícios, que variam entre 10$ e 20%dependendo da legislação local. O contribuinte também pode ser alvo de protesto em cartório e ter o CPF negativado.

Em casos mais avançados, a Procuradoria pode mover uma execução fiscal, o que permite bloquear valores em conta, penhorar bens e até restringir movimentações financeiras.

Outro ponto importante é que, mesmo com a inscrição em dívida ativa, o débito continua impedindo a emissão do licenciamento anual e a transferência do veículo. Isso significa que o IPVA atrasado gera dois problemas simultâneos: restrições na documentação do carro e consequências fiscais na pessoa física.

Quanto mais longo o atraso, maiores são os custos e mais complexo se torna o processo de regularização, principalmente se o veículo já estiver impedido de circular.

Posso parcelar o IPVA vencido?

O parcelamento do IPVA vencido é permitido na maior parte dos estados e pode ser feito diretamente no site da Fazenda estadual.

As regras variam de acordo com cada unidade da federação, mas normalmente incluem número mínimo e máximo de parcelas, valor mínimo da parcela e exigência de não haver processos de cobrança já iniciados.

Quando o débito ainda não foi inscrito em dívida ativa, o parcelamento costuma ser mais simples e com juros menores.

Outra alternativa é o pagamento via cartão de crédito, oferecido por empresas credenciadas. Nesse modelo, o condutor pode dividir o valor do IPVA, do licenciamento e de eventuais multas em várias parcelas, geralmente com aprovação imediata. O CRLV é liberado após a confirmação do pagamento pela credenciadora, o que agiliza a regularização.

O ponto de atenção é que, ao contrário do parcelamento oficial, esse método inclui juros da operadora e encargos que elevam o valor final.

Se o débito já estiver em dívida ativa, o parcelamento passa a ser feito diretamente com a Procuradoria Geral do Estado. Nessa etapa, as condições costumam ser mais rígidas e incluem juros acumulados pela Selic e honorários de cobrança.

Por isso, quanto antes o motorista regulariza o IPVA, maiores são as chances de conseguir condições mais favoráveis.

Como calcular multa de mora, juros e atualização pela Selic

Quando o IPVA atrasa, o imposto sofre três acréscimos principais: multa de mora, juros mensais e atualização pela taxa Selic. A multa de mora geralmente começa em 0,33% ao dia, limitada a 20% do valor do imposto, dependendo da legislação estadual.

Esse percentual incide a partir do primeiro dia após o vencimento.

Além da multa, incidem juros mensais calculados com base na Selic acumulada, que é a taxa básica de juros do país. Cada estado determina exatamente como aplica a atualização, mas o cálculo costuma considerar a Selic acumulada desde o mês seguinte ao vencimento até o mês anterior ao pagamento, acrescida de um juro adicional de 1% referente ao mês do pagamento.

Em estados que utilizam atualização automática, o sistema financeiro da Fazenda gera a guia com todos os valores corrigidos. Já em estados que exigem simulação manual, o motorista deve consultar o valor atualizado no portal da Fazenda para garantir o pagamento correto.

Essa combinação de multa, juros e Selic explica por que o IPVA atrasado aumenta rapidamente, reforçando a importância de não deixar o imposto acumular por longos períodos.

Este artigo foi útil? Entender o que acontece com o IPVA vencido ajuda a evitar custos inesperados, apreensão do veículo e restrições que comprometem a rotina do motorista.

Regularizar o imposto e manter o licenciamento sempre atualizado garante segurança jurídica, permite circular sem riscos e facilita qualquer processo de compra ou venda de um carro seminovo.

Se você quer aprofundar ainda mais o tema e entender como cada taxa funciona, vale a leitura do nosso artigo sobre as diferenças entre IPVA e licenciamento.

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