Câmbio automático ou manual? Confira prós e contras de cada transmissão

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8 de fevereiro de 2022 por Localiza SeminovosConteúdo atualizado em 5 de abril de 2024 por Localiza Seminovos

Se as caixas automáticas aumentam o conforto e a comodidade ao dirigir, as manuais ainda são imbatíveis em eficiência e custo baixo de manutenção.

A escolha de uma transmissão manual ou automática depende muito do perfil e das necessidades do condutor.

Vamos explicar as vantagens e desvantagens de cada um dos tipos de transmissão para que você possa escolher o que se adapta melhor às suas necessidades!

Câmbio manual

Em tese, o câmbio manual oferece mais desafios ao motorista, que — além de se preocupar com o trânsito, a velocidade e o espaço ocupado pelo veículo — precisa domar as marchas e saber quando subi-las ou reduzi-las. No automático, esta preocupação não existe.

Mas a caixa manual segue proporcionando vantagens implacáveis. Vamos conhecê-las?

Vantagens do câmbio manual

Preço mais baixo

A primeira vantagem é o preço inferior. Em média, um modelo automático custa entre R$ 3 mil e R$ 5 mil a mais do que um equivalente manual, dependendo da tecnologia usada pela fabricante.

Menor sobrecarga no sistema de freios

Há também uma sobrecarga menor no sistema de freios, já que em carros manuais os motoristas costumam utilizar melhor o recurso do freio-motor.

Economia com manutenção e combustível

Outros benefícios são o menor custo de manutenção ou reparo e a economia no consumo de combustível. Caixas manuais são mais leves e desperdiçam menos energia do motor para colocar o veículo em movimento.

Interação com o carro

A interação mais próxima entre homem e máquina também pode ser considerada um trunfo do câmbio manual. Contudo, esta é uma qualidade apreciada apenas por aqueles motoristas que gostam bastante de dirigir.

Desvantagens do câmbio manual

O lado negativo do câmbio manual é ter que mudar de marchas no trânsito intenso das grandes cidades. Após tantas pisadas na embreagem, progressões ou reduções, o motorista se sentirá mais desgastado do que se estivesse dirigindo um modelo automático ao fim da viagem.

Câmbio automático

Outrora reservado a modelos de luxo, o câmbio automático (que pode ser de diferentes tipos, como vamos detalhar a seguir) já está se espalhando pela maioria dos carros zero-quilômetro no Brasil.

Em 2020, pela primeira vez na história do mercado brasileiro, foram vendidos mais carros zero-quilômetro com transmissão automática do que aqueles com câmbio manual. Em 2021, os automáticos cresceram ainda mais e responderam por 58% dos emplacamentos no país, segundo levantamento da Bright Consulting.

E a tendência é que o câmbio automático avance ainda mais sobre o território dos manuais. O brasileiro, definitivamente, se rendeu à comodidade de não precisar mais trocar de marcha, mesmo em modelos de apelo mais popular.

Hoje, mesmo modelos compactos têm a opção de oferecer câmbio automático nas versões de topo. Último lançamento da Fiat, o Pulse conta apenas com uma versão com câmbio manual. As outras três são automáticas do tipo CVT. O rival Volkswagen Nivus sequer possui uma versão manual.

As japonesas Honda e Toyota, por sua vez, já oferecem mais de 90% de suas respectivas gamas com câmbios que dispensam o pedal da embreagem. E até carros compactos, como Chevrolet Onix, Hyundai HB20, Volkswagen Polo e Fiat Strada, adotaram esse tipo de transmissão nas versões mais caras.

Mas quais são os motivos por trás dessa tendência? Listamos algumas vantagens que podem ser a explicação.

Vantagens do câmbio automático

Conforto e atenção ao trânsito

Esta é a principal vantagem do câmbio automático: encarar um tráfego pesado, cheio de desacelerações e retomadas, com mais conforto, descansando o pé esquerdo e a mão direita, além de poder focar melhor nos acontecimentos do trânsito ao redor.

Manutenção espaçada

Além disso, a manutenção do sistema costuma ser muito mais simples e espaçada, principalmente se for uma caixa epicíclica com conversor de torque. É menos dor de cabeça para o usuário.

Isso não significa que não se deva ter atenção com o câmbio automático. Pelo contrário. Mais sofisticado e delicado, ele exige troca periódica dos filtros e esporádica do óleo, que precisa ser feita no momento certo.

Desvantagens do câmbio automático

Maior custo de manutenção

O câmbio automático demanda mão de obra especializada — o que encarece seu custo de manutenção.

Caso o momento de troca do óleo passe, por exemplo, é preciso ter muito cuidado para fazer a substituição, pois jogar óleo novo sobre um câmbio danificado pode significar o travamento total da caixa. E se o conjunto todo der problema, o valor do reparo ou da substituição não será barato.

Conhecimento específico

O câmbio automático exige conhecimento específico do seu usuário, que pode variar de acordo com cada modelo de carro. Isso não é necessariamente uma desvantagem, mas é um ponto de atenção.

Se na transmissão manual basta trocar as marchas, desengatar num semáforo e depois voltar à primeira para arrancar, o câmbio automático, por sua vez, possui posições específicas. Conheça a seguir.

Funções do câmbio automático

  • P (“Park”): deve ser ativado para estacionar e desligar o veículo, junto ao freio de estacionamento.
  • D (“Drive”): indica câmbio engrenado e deve ser usado durante todo o trajeto, incluindo paradas em semáforos.
  • N (“Neutro”, equivalente ao ponto-morto): serve sobretudo para manobrar o veículo desligado durante uma manutenção.
  • L (“Low”) ou as opções “2” e “3”: presentes em algumas transmissões, garantem que o carro não passará da segunda ou terceira marchas, a fim de otimizar o freio-motor em descidas.
  • M (“Manual”): quando disponível, ativa as trocas sequenciais manuais, que podem ser feitas na própria alavanca ou por meio de paddle shifts atrás do volante.
  • S (“Sport”): se existir, altera o mapeamento do câmbio, aumentando os giros do motor a fim de uma condução mais ágil ou esportiva.

Tipos de câmbio automático

Automatizado de uma embreagem

Já fora do mercado de carros novos, ainda pode ser encontrado em veículos usados, sempre com siglas como i-Motion (Volkswagen), Dualogic ou GSR (Fiat), Easytronic (Chevrolet) ou Easy’R (Renault).

A caixa é basicamente igual uma manual, com engrenagens e embreagem única, porém com um sistema elétrico promovendo as trocas automaticamente no lugar do pedal de embreagem e da manopla de câmbio.

Automatizado de dupla embreagem

É similar ao anterior, mas tem uma embreagem extra dedicada só às marchas pares, enquanto a outra trabalha nas ímpares. A solução melhora muito a velocidade das trocas, eliminando os trancos.

Esse tipo de câmbio pode ter caixa seca — com manutenção mais barata, porém mais afeita a problemas — ou banhada a óleo — mais durável, porém muito mais cara para reparar em caso de problema.

Automático com conversor de torque

É o tipo mais comum, formado por engrenagens epicíclicas que formam as relações de marcha e um conversor de torque no lugar da embreagem. As marchas variam de quatro a dez e costumam ter longa vida útil, acima de 200 mil km.

Automático CVT (continuamente variável)

Possui duas árvores cônicas invertidas com uma polia que desliza entre elas, criando múltiplas e infinitas relações entre o giro do motor e das rodas.

Costuma proporcionar boa economia de combustível na cidade, é durável e de manutenção mais barata que a caixa epicíclica. Porém, tende a elevar muito os giros do motor em arrancadas e seu ruído constante causa estranheza, o que levou muitos fabricantes a trabalharem com sistemas de simulação de marchas.

Câmbio manual ou automático: qual é o melhor para você?

Como pudemos perceber, a escolha entre o câmbio manual ou automático é muito particular, variando com as preferências, necessidades e orçamentos de cada um.

Seja qual for a sua escolha, nós temos o carro ideal para você! Ao navegar pelos carros disponíveis, você pode filtrar por tipo de câmbio, motor, acessórios e muito mais. Confira aqui!

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