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Pedágio no Brasil: como funciona e o que saber antes de viajar?

27 de outubro de 2025 por Thaís ReisConteúdo atualizado em 28 de outubro de 2025 por Thaís Reis

Entenda como funcionam os pedágios no Brasil, como são definidos os valores e quais cuidados tomar para planejar sua viagem.

Viajar de carro é uma das formas mais práticas e agradáveis de conhecer o Brasil, mas é importante incluir os pedágios no planejamento da rota.

No Brasil, os pedágios são administrados por concessionárias que mantêm as rodovias em boas condições, oferecem serviços como sinalização, socorro mecânico e monitoramento 24 horas.

 Driver point of view at the highway

Em troca, o motorista paga uma tarifa determinada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ou pelos órgãos estaduais responsáveis. O valor depende de fatores como quilometragem, categoria do veículo e custo de operação da via.

Hoje, o motorista pode escolher entre pagar em dinheiro, cartão, ou por meio das tags eletrônicas. Essas tecnologias facilitam o trajeto, evitam filas e registram automaticamente os valores, o que ajuda a controlar melhor as despesas da viagem.

Saber como cada sistema funciona é o primeiro passo para pegar a estrada com mais tranquilidade e economia. Vamos nessa?

Como é definido o valor do pedágio?

Cada tarifa é definida em contrato de concessão firmado entre o poder público e a empresa responsável pela rodovia, com base em estudos de viabilidade econômica e projeções de tráfego.

No cálculo, são considerados fatores como o volume médio diário de veículos, a extensão do trecho concedido, o nível de investimento necessário em obras de ampliação, sinalização, segurança e conservação.

Também entram na conta os custos de atendimento aos usuários, como socorro mecânico, assistência médica, monitoramento por câmeras e operação dos centros de controle.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), no caso das rodovias federais, e as agências estaduais, como a Artesp em São Paulo, têm papel essencial na aprovação e fiscalização dessas tarifas. Elas garantem que os valores estejam alinhados às cláusulas contratuais e à qualidade dos serviços prestados.

Os reajustes costumam ocorrer anualmente, considerando índices de inflação (geralmente o IPCA), além de revisões extraordinárias quando há necessidade de reequilibrar o contrato — por exemplo, após grandes obras ou mudanças na demanda de tráfego.

Outro ponto importante é o tipo de veículo: automóveis de passeio pagam a tarifa base, enquanto caminhões, ônibus e carretas pagam múltiplos dessa tarifa, proporcionais ao número de eixos.

Em regiões metropolitanas, onde o fluxo é mais intenso e os custos operacionais são maiores, o preço tende a ser mais elevado.

Por isso, antes de pegar a estrada, vale verificar as tarifas atualizadas das praças de pedágio no trajeto. Muitas concessionárias oferecem simuladores de rota e pagamento eletrônico (como Sem Parar e ConectCar), que ajudam a estimar o gasto total e agilizam a viagem.

A vehicle on a winding road along a beautiful sunset surrounded by nature and mountains in distance. Aerial view of serene and peaceful scenery depicting travel, exploration, and tranquil rural life

Quais as formas de pagamento aceitas nas praças de pedágio?

A maioria das praças de pedágio no Brasil aceita dinheiro em espécie, mas o uso de cartões de crédito e débito está se expandindo gradualmente.

Mesmo assim, nem todas as concessionárias oferecem essa opção, especialmente em trechos mais antigos ou de menor fluxo. Por isso, é recomendável levar dinheiro trocado para evitar contratempos.

Outra alternativa é o pagamento automático via tag eletrônica, que vem ganhando popularidade. Essa tecnologia utiliza um adesivo instalado no para-brisa do carro e permite que o veículo passe direto pela cancela, com o valor debitado automaticamente da conta cadastrada.

Além de economizar tempo, o sistema é mais prático para quem viaja com frequência ou utiliza rodovias pedagiadas diariamente.

Pedágio automático: vale a pena usar tag eletrônica?

As tags eletrônicas funcionam por meio de radiofrequência, e reconhecem automaticamente o veículo ao se aproximar da cancela.

Elas podem ser vantajosas tanto em viagens longas quanto no uso urbano, já que muitos estacionamentos, shoppings e aeroportos também aceitam o mesmo sistema.

Em viagens, a principal vantagem é o ganho de tempo e a redução do consumo de combustível, já que o carro não precisa parar completamente. No entanto, é importante avaliar o custo do serviço: algumas operadoras cobram mensalidade fixa, enquanto outras trabalham com planos pré-pagos ou gratuitos, mediante recarga.

Para quem viaja ocasionalmente, os planos sem mensalidade costumam ser a melhor opção. Já quem utiliza o carro com frequência pode se beneficiar da comodidade e dos descontos oferecidos por planos premium.

O que fazer se não tiver dinheiro para pagar o pedágio?

Caso o motorista chegue a uma praça de pedágio e não tenha como pagar, a concessionária não pode impedir a passagem do veículo, mas há um procedimento específico.

O condutor deve preencher um formulário de identificação com seus dados pessoais e se comprometer a quitar o valor posteriormente, geralmente em até cinco dias úteis.

No entanto, é importante lembrar que tentar passar pela cancela sem pagar é considerado infração grave, sujeita a multa e pontos na carteira. Além disso, a cobrança poderá ser judicialmente registrada, aumentando o custo final.

A recomendação é planejar-se antes de sair de casa, manter algum valor em espécie e, se possível, contar com uma tag eletrônica para evitar qualquer contratempo.

Como economizar nos pedágios e planejar rotas alternativas?

Economizar nos pedágios não significa necessariamente fugir das rodovias com cobrança, mas sim planejar melhor o trajeto. Diversos sites permitem comparar rotas com diferentes combinações de custo e tempo, o que ajuda o o motorista a escolher o caminho mais vantajoso.

Rotas estaduais e regionais costumam ter valores mais baixos que as federais, embora possam exigir mais tempo de deslocamento. Outra forma de economizar é dividir custos com passageiros, o que torna a viagem mais leve financeiramente e ambientalmente.

Além disso, quem viaja com frequência pode se beneficiar de planos de assinatura de pedágio automático, que reduzem tarifas de transação e facilitam o controle das despesas.

Por fim, o segredo está no equilíbrio: escolher rodovias bem conservadas, com serviços de apoio e tarifas justas, é investir em segurança e conforto durante toda a viagem. Um bom planejamento garante que o pedágio seja apenas mais um detalhe e não um problema na estrada. 😉

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