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Financiamento de carro: guia completo para iniciantes

27 de setembro de 2025 por Thaís ReisConteúdo atualizado em 27 de setembro de 2025 por Thaís Reis

Entenda como funciona o financiamento de carro e descubra as melhores estratégias para escolher parcelas que cabem no seu bolso.

Comprar um carro seminovo é um passo importante, e muitas vezes o financiamento é a forma mais acessível de tornar esse objetivo realidade. Em vez de pagar tudo de uma vez, você assume parcelas mensais que se ajustam ao seu orçamento.

Mas, por trás dessa solução prática, existem detalhes que precisam ser entendidos para evitar surpresas no custo final.

Este guia foi preparado para quem está começando e quer clareza sobre o assunto. Vamos explicar de forma simples como funciona o financiamento de veículo, o que significam termos como juros, amortização e CET, etc.

Assim, você terá as informações necessárias para escolher seu carro seminovo com confiança e segurança.

O que é financiamento de veículo?

De forma simples, o financiamento é um tipo de empréstimo em que o banco ou a financeira paga o carro à vista para o vendedor, e você devolve esse valor em parcelas mensais, com a adição dos juros e outros encargos. É como se a instituição emprestasse o dinheiro e, em troca, cobrasse uma taxa pelo serviço.

No caso do financiamento de carro, existe uma particularidade: o veículo fica em nome do comprador, mas com um vínculo chamado alienação fiduciária.

Isso significa que, até quitar todas as parcelas, o carro está “atrelado” ao banco como garantia de pagamento. Essa prática é comum e ajuda a reduzir o risco para a instituição, permitindo taxas mais competitivas do que em um empréstimo pessoal.

Pessoa calculando os juros do financiamento com calculadora e planilhas sobre a mesa

Principais modalidades de financiamento de carro

Ao pesquisar sobre financiamento de veículo, você vai perceber que existem diferentes modalidades. Cada uma tem suas regras, vantagens e pontos de atenção. Conhecer essas opções é importante para escolher a que mais se adapta ao seu perfil e ao seu orçamento.

1. Crédito Direto ao Consumidor (CDC)

Essa é a modalidade mais comum para quem compra carro no Brasil. Aqui, o banco libera o valor diretamente para o vendedor e você paga em parcelas fixas para a instituição financeira. A taxa de juros é definida no contrato e o carro fica como garantia até a quitação.

2. Leasing (arrendamento mercantil)

Nessa opção, você “aluga” o veículo da instituição financeira por um período determinado. Durante o contrato, o carro não fica no seu nome, mas você tem a opção de comprá-lo no final, pagando um valor residual. Hoje, o leasing é menos usado para pessoas físicas, mas ainda pode aparecer em algumas propostas.

3. Empréstimo com garantia do veículo

Aqui, um carro já quitado serve como garantia para conseguir crédito. Embora não seja exatamente um financiamento para compra, pode ser usado por quem deseja trocar de veículo ou precisa de recursos extras.

A vantagem é que, por ter garantia, a taxa de juros costuma ser mais baixa do que a de um empréstimo pessoal.

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Juros, amortização e o que influencia no valor das parcelas

Quando falamos em financiamento de carro, três fatores principais determinam quanto você vai pagar no final: a taxa de juros, a amortização e a forma como as parcelas são calculadas. Entender cada um deles é essencial para não ser surpreendido pelo custo total do contrato.

Pessoa segurando uma calculadora e analisando números em planilha para calcular parcelas de financiamento.

A taxa de juros é o preço que o banco cobra pelo dinheiro emprestado. Ela costuma aparecer no contrato em porcentagem ao mês e impacta diretamente no valor final pago: quanto menor a taxa, mais barato será o financiamento.

Já a amortização corresponde à parte da parcela que realmente reduz o saldo devedor. Nos primeiros meses, ela costuma ser menor, mas aumenta gradualmente ao longo do tempo, enquanto os juros perdem peso na composição da parcela.

A forma de cálculo da parcela também influencia bastante. Os sistemas mais comuns são a Tabela Price e o SAC. Na Tabela Price, as parcelas são fixas, mas no início o peso dos juros é maior e a amortização menor.

No SAC, o processo é o inverso: as parcelas começam mais altas e vão diminuindo mês a mês, o que reduz o total de juros pagos no final do contrato.

Esses três elementos, juntos, determinam se a sua parcela mensal cabe no orçamento e se o financiamento realmente é vantajoso.

Por isso, antes de fechar negócio, vale a pena fazer uma simulação online ou utilizar uma calculadora de financiamento de veículos, como a Calculadora do Cidadão do Banco Central. Assim, você consegue visualizar diferentes cenários e entender exatamente o impacto de cada escolha no seu bolso.

O que é CET e por que ele deve ser o seu ponto de comparação?

Na hora de avaliar uma proposta de financiamento de carro, muita gente olha apenas para a taxa de juros. Esse é um erro comum, porque a taxa isolada não mostra todo o custo do contrato. O indicador que realmente revela quanto você vai pagar é o CET (Custo Efetivo Total).

O CET reúne todos os encargos do financiamento: juros, tarifas administrativas, IOF, seguros e outros custos que muitas vezes passam despercebidos. Em outras palavras, é ele quem mostra o preço final da operação.

É possível, por exemplo, que duas propostas tenham a mesma taxa de juros, mas apresentem CETs diferentes. Nesse caso, a que tiver o CET menor será, de fato, mais vantajosa.

Por lei, toda instituição financeira é obrigada a informar o CET de forma clara tanto nas simulações quanto no contrato final.

Por isso, ao comparar opções, use sempre esse número como referência. Ele é o caminho mais seguro para evitar surpresas e escolher a alternativa que se encaixa melhor no seu orçamento.

O que define a taxa de juros no financiamento?

A taxa de juros não é igual para todo mundo. Ela é calculada de acordo com uma série de fatores que ajudam o banco a avaliar o risco de conceder crédito e a determinar quanto será cobrado pelo empréstimo.

Por isso, duas pessoas podem financiar o mesmo carro, no mesmo prazo, mas acabar com condições bem diferentes.

Casal sentado à mesa organizando finanças, analisando papéis e calculadora, em momento de planejamento financeiro

O valor da entrada é um dos pontos mais importantes. Quanto maior for o valor que você consegue pagar de início, menor será o montante financiado e, consequentemente, o risco para a instituição financeira.

Isso costuma se refletir em juros mais baixos. O prazo também tem peso: financiamentos longos deixam a parcela mais acessível, mas aumentam o risco e elevam o custo total.

Outro fator decisivo é o histórico de crédito do comprador. Quem tem bom score, paga contas em dia e mantém um relacionamento saudável com o sistema financeiro tende a conseguir condições mais vantajosas.

Já quem apresenta atrasos ou restrições pode enfrentar taxas mais altas. Além disso, o perfil do veículo também conta: carros mais novos e com boa liquidez de mercado são considerados menos arriscados, o que ajuda a reduzir a taxa aplicada.

Em resumo, a taxa de juros do financiamento é moldada pela soma desses elementos. Conhecê-los é fundamental para negociar melhor e entender quais ajustes podem deixar a operação mais econômica.

Estratégias para pagar menos no financiamento

Existem formas práticas de reduzir o peso dos juros e tornar o financiamento de carro mais vantajoso. A primeira delas é investir em uma entrada maior. Ao diminuir o valor financiado, você também reduz o montante sobre o qual os juros são aplicados, o que faz diferença significativa no custo total.

Outra estratégia é optar por prazos menores. As parcelas podem ficar mais altas, mas a economia em juros compensa a curto e médio prazo. Vale a pena calcular os dois cenários em um simulador de financiamento e comparar o impacto no orçamento.

Mulher sorridente com calculadora na mão, feliz por ter amortizado o financiamento do carro.

Também é importante observar os custos adicionais. Muitas vezes o contrato traz seguros ou serviços embutidos que aumentam o CET.

Avalie se realmente precisa desses itens e, se não fizerem sentido, peça para retirar. Além disso, se em algum momento sobrar dinheiro, considere antecipar parcelas. A antecipação pode reduzir os juros a pagar, desde que confirmada a forma de cálculo com a instituição financeira.

Por fim, fique atento à possibilidade de portabilidade de crédito. Se outro banco oferecer uma taxa mais baixa, é possível transferir o financiamento para reduzir o valor das parcelas ou o custo total do contrato.

Riscos e cuidados no financiamento de carro

O financiamento é uma solução segura, mas exige responsabilidade. O maior risco está no atraso das parcelas. Além de gerar multa e juros de mora, o não pagamento pode levar à busca e apreensão do veículo, já que, pela alienação fiduciária, o carro fica vinculado ao banco até a quitação.

Pessoa assinando contrato de financiamento sobre a mesa, com documentos e caneta em destaque.

Ler o contrato com atenção também é indispensável. Verifique se estão claros o prazo, a taxa de juros, o CET, o valor total a pagar e as condições de quitação antecipada. Se tiver dúvidas, peça explicações antes de assinar. Afinal, um financiamento é um compromisso de médio ou longo prazo e deve ser assumido com total clareza.

Informação é a chave para financiar com segurança

O financiamento de carro é uma ferramenta poderosa para quem deseja comprar um seminovo sem precisar pagar à vista.

Quando você entende como funcionam os juros, a amortização e o CET, ganha condições de comparar propostas de forma inteligente e de negociar prazos, parcelas e custos que cabem no seu orçamento.

Mulher sorridente abraçada ao volante, transmitindo felicidade por conquistar seu carro.

Na Localiza Seminovos, você encontra veículos revisados em mais de 360 itens, com toda a transparência necessária para escolher o modelo ideal.

Além disso, pode fazer a simulação 100% online, testar diferentes cenários e contar com o apoio de bancos e instituições financeiras parceiras para encontrar a melhor condição. Dessa forma, financiar seu próximo carro se torna uma decisão consciente, segura e alinhada ao seu momento de vida.

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