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Como amortizar financiamento: estratégias para pagar o carro mais rápido

26 de setembro de 2025 por Thaís ReisConteúdo atualizado em 26 de setembro de 2025 por Thaís Reis

Descubra como a amortização pode reduzir juros e acelerar a quitação do seu carro seminovo.

Financiar um carro seminovo é a forma que muitas pessoas encontram para conquistar um veículo sem esperar anos até juntar todo o valor. Essa possibilidade antecipa o sonho, mas também cria um compromisso de longo prazo que exige atenção.

O contrato do financiamento não precisa ser um peso se o consumidor souber como utilizar ferramentas que ajudam a encurtar o prazo e reduzir os custos.

Casal sentado à mesa organizando finanças, analisando papéis e calculadora, em momento de planejamento financeiro

Uma dessas ferramentas é a amortização. Trata-se de uma estratégia que permite diminuir o saldo devedor e, com isso, pagar menos juros ao longo do contrato.

Quem aprende a usar a amortização a seu favor consegue transformar uma dívida longa em um pagamento mais rápido e econômico, mantendo o financiamento como um aliado na realização do sonho do carro seminovo.

O que é amortizar?

Amortizar significa adiantar parte do pagamento da dívida para reduzir o saldo devedor do financiamento. É diferente de simplesmente antecipar parcelas.

Quando você antecipa parcelas, os juros continuam sendo calculados sobre o valor original do contrato. Já na amortização, o valor extra é aplicado diretamente na dívida principal, o que reduz automaticamente os juros futuros.

Essa prática está prevista em lei e pode ser solicitada ao banco ou à financeira sempre que houver disponibilidade de recursos extras. É um recurso que oferece liberdade ao consumidor, e permite tanto encurtar o prazo do contrato quanto aliviar o valor das parcelas mensais.

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Como a amortização funciona?

O financiamento de um carro seminovo é formado por duas partes principais: o valor que você pegou emprestado, chamado de saldo devedor, e os juros, que são calculados em cima desse saldo. A cada parcela que você paga, uma parte vai para os juros e outra parte vai para reduzir a dívida.

Quando você faz uma amortização, ou seja, aplica um valor extra diretamente no saldo devedor, a matemática do contrato muda.

Como a base da dívida fica menor, os juros das parcelas seguintes também diminuem. Isso significa que cada pagamento seguinte passa a abater mais rápido a dívida, encurtando o caminho até a quitação.

É importante pedir sempre que o valor seja aplicado como amortização do saldo devedor, e não apenas como antecipação de parcelas, porque assim o efeito sobre os juros é muito maior.

Sistemas de amortização: SAC e Price

Nos contratos de financiamento de veículos no Brasil, geralmente são usados dois sistemas para calcular as parcelas:

Sistema SAC (Sistema de Amortização Constante)

Nesse modelo, a amortização do saldo devedor é constante em todas as parcelas. O que varia é o valor dos juros, que diminuem ao longo do tempo conforme a dívida vai sendo paga. Isso faz com que as parcelas comecem mais altas e fiquem menores com o passar dos meses.

Vantagem: economia maior de juros no total, já que o saldo devedor cai mais rápido.
Desvantagem: as primeiras parcelas são mais pesadas para o orçamento.

Sistema Price (ou Tabela Price)

É o sistema mais comum em financiamentos de carros. Aqui as parcelas são fixas, o que dá previsibilidade ao consumidor.

No início do contrato, a maior parte da parcela é composta por juros e uma parte menor por amortização. Com o tempo, essa proporção se inverte: os juros diminuem e a amortização aumenta.

Vantagem: parcelas fixas, que ajudam no planejamento.
Desvantagem: o custo total do financiamento tende a ser maior do que no SAC, justamente porque os juros demoram mais a cair.

Existe um sistema de amortização melhor?

A resposta depende do perfil de cada comprador. No SAC, você paga mais no início, mas economiza bastante em juros ao longo do contrato. Já no Price, as parcelas são fixas e previsíveis, o que facilita o controle do orçamento, mas o custo final tende a ser maior.

Pessoa segurando uma calculadora e analisando números em planilha para calcular parcelas de financiamento.

Se a ideia é reduzir ao máximo o valor total pago, o SAC costuma ser mais vantajoso. Já para quem precisa de estabilidade nas contas mensais, o Price pode ser a escolha mais confortável.

Em ambos os casos, a amortização antecipada ajuda a tornar o contrato mais leve, já que reduz o saldo devedor e os juros a pagar.

> Leia também: O que é CET? Tudo sobre custo efetivo total do financiamento

Estratégias para amortizar o financiamento do carro seminovo

Amortizar não é um recurso reservado a quem tem muito dinheiro sobrando. É uma ferramenta acessível que pode ser aplicada de diferentes formas no dia a dia financeiro. Veja como transformar essa prática em uma aliada para pagar menos juros e conquistar a quitação mais cedo.

1. Direcionar valores extras para reduzir o prazo

Um dos jeitos mais eficazes de amortizar é usar sobras de dinheiro para diminuir o número de parcelas restantes. O valor mensal continua praticamente o mesmo, mas você se livra da dívida antes e corta uma boa parte dos juros que seriam cobrados nos meses eliminados.

Na prática: quando receber o décimo terceiro salário, um bônus no trabalho ou até a restituição do imposto de renda, em vez de gastar em compras rápidas, considere aplicar esse valor para encurtar o prazo. A diferença pode ser de anos no contrato.

2. Usar a amortização para aliviar o orçamento

Nem sempre o objetivo é terminar de pagar mais cedo. Para algumas pessoas, o mais importante é respirar no orçamento mensal. Nesse caso, você pode usar a amortização para reduzir o valor da parcela, deixando o financiamento mais leve no curto prazo.

Na prática: se o financiamento pesa muito no orçamento e está limitando outras despesas, aplicar uma quantia extra pode transformar parcelas de R$ 1.000 em R$ 850, liberando R$ 150 todos os meses para outras necessidades, sem atrasar contas importantes.

Casal sorridente colocando moedas em um cofrinho de porquinho, simbolizando economia e planejamento financeiro.

3. Planejar amortizações periódicas

Você não precisa esperar um valor alto para amortizar. Pequenos aportes feitos de forma constante têm grande impacto no saldo devedor. Criar o hábito de reservar uma quantia fixa para amortizar a cada três ou seis meses pode encurtar significativamente o contrato.

Na prática: se você guardar R$ 200 por mês, em seis meses terá R$ 1.200 para amortizar. Parece pouco, mas aplicado diretamente no saldo devedor gera economia de juros em todas as parcelas seguintes. Ao longo de alguns anos, essa disciplina pode significar meses inteiros a menos de financiamento.

4. Aproveitar períodos de menor gasto

Ao longo do ano, sempre existem fases em que as despesas caem. Pode ser após quitar outro compromisso, quando os filhos terminam um curso ou em meses em que não há contas sazonais pesadas, como IPTU ou matrícula escolar. Esses períodos são oportunidades para redirecionar o dinheiro que sobrou para amortizar o carro.

Na prática: se você terminou de pagar um financiamento menor ou quitou o cartão em atraso, use a folga no orçamento para abater parte do saldo devedor do carro. Assim, transforma uma despesa que desapareceu em investimento no seu futuro.

5. Negociar com o banco as condições da amortização

Cada instituição financeira pode ter regras próprias, mas você tem o direito de solicitar amortização sem burocracia excessiva.

O segredo é entender como o banco aplica o valor extra: se ele realmente vai para o saldo devedor ou apenas antecipa parcelas futuras. A segunda opção é menos vantajosa, pois mantém os juros embutidos.

Na prática: sempre peça que a amortização seja feita no saldo devedor e peça um demonstrativo atualizado após a operação. Assim, você consegue acompanhar a redução real da dívida e avaliar o impacto no longo prazo.

O financiamento pode ser mais leve do que você imagina

Muita gente encara o financiamento como um fardo, mas a verdade é que, com organização e estratégias como a amortização, ele pode se tornar um recurso inteligente para realizar o sonho do carro seminovo.

Reduzir juros, encurtar prazos e aliviar o orçamento estão ao alcance de quem conhece bem as opções disponíveis e faz escolhas conscientes.

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Se o próximo passo é conquistar o seu carro seminovo, aproveite essa oportunidade para planejar, simular e transformar o financiamento em uma experiência mais leve e segura.

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